segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Muzimo

Só o silêncio me atrai.
Quero beber da água sem o barulho d'ela caindo no vidro.
Quero atravessar o corredor à noite sem ser ouvido.

Só o silêncio me atrai.

Fechar a porta sem ruído:
Quero.
Ser esquecido:
Também.

Quero um telefone que não toque.
Não quero ser tocado por ninguém!

Quero só ouvir os gritos.
Só os não direcionados a mim.
Mas nunca mais eu quero gritar.
Mas nunca mais eu quero gritar.
Mas nunca mais eu quero...
Mas nunca mais eu...
Mas nunca mais...
Mas nunca...
Mas...


(OBS: na hora de ler o final repetitivo do poema, leia em ritmo constante, respire nas reticências e diminua o volume paulatinamente)

6 comentários:

Anônimo disse...

Angustiante

Anônimo disse...

lindo lindo lindo e sufocante bem como libertador

ti amo!

Souldela disse...

Hááááááá!!!!!
Saiam Daquiiiii!!!!

Anônimo disse...

Ahh que legal
não sabia q vc tinha um blog
muito interessante
vou adicionar nos meus favoritos
daí passo sempre aqui
:**

Anônimo disse...

Acho que todo mundo ja se sentiu um dia assim. Eu tenho necessidade desse escapismo... faz bem pra alma.
E vc, poeta contemporaneo de espirito romantico. Por favor, sofra apenas em seus poemas.
Li tudo, inclusive o poema anterior. Quando vc escreveu? Tive a impressao de ja ter lido antes.
Adorei tudo!
Beijos
Lila

Fá Fioretti disse...

Hum...
Que inveja! Eu queria ter escrito isso!!!